O Pedro é uma destas figuras singulares que você encontra vez ou outra no decorrer da vida. Estudante de engenharia, não se sabe a quantos anos e que não tinha previsão da formatura.
Durante muito tempo o Departamento de Xadrez do Clube Comercial o teve como assíduo frequentador –quando eu mesmo ainda não sabia o que era xadrez. Mais tarde, com certa regularidade pude desfrutar da sua presença, jogávamos algumas partidas e assistíamos outras. Depois ele sumia, para de tempos em tempos, aparecer novamente.
O “Seu Davi” merece com certeza um capítulo á parte e que, certamente, nos reportaremos a Ele várias vezes.
Uma das características do Pedro era “sacanear” e/ou tirar sarro com o pessoal, mas com “Seu Davi” ele o fazia com muito respeito e extrema técnica.
Em meio a outros tabuleiros e peças dispostas lado a lado na pequena, mas confortável Sala de Xadrez*, jogavam Pedro com “Seu Davi”.
A situação do Pedro já não era boa mesmo; e por quê não tentar um lance (s) especial? Discretamente, se isso for possível, o Pedro coloca um cavalo com o cotovelo esquerdo para dentro do tabuleiro. “Seu Davi” é inteira concentração naquilo vê –nós vemos aquilo que queremos ver, e em especial no xadrez, isso pode ser terrível! Ele não percebe o que aconteceu. Logo, Pedro move o cavalo e repete o movimento do cotovelo, até então desconhecido no mundo enxadrístico e o tabuleiro já apresenta então quatro cavalos da mesma cor! “Seu Davi” continua sua análise e começa se coçar demais não esboçando motivo aparente, mas parece injuriado de não conseguir ataque numa partida que parecia ir tão bem.
Pedro joga pesado: lance do cotovelo pela terceira vez e o “Seu Davi” não aguentando mais grita: MEU DEUS, MAS COMO ESTES TEUS CAVALOS TÃO JOGANDO!! E a partida continuou por mais alguns lances… para então contarmos porque a partida tinha mudado tão drasticamente de rumo.

*A Sala de Xadrez funcionava no Clube Comercial de Santa Maria (RS) e comportava confortavelmente dez mesas acompanhadas por conjunto de peças personalizado quando da Fundação do Clube de Xadrez do município, um armário aéreo para peças, relógios e acessórios e ainda a Sala era a prova de som e tinha ar-condicionado. Ao lado uma foto escaneada ainda hoje. Pelo meu cabelo deve ser 1992 quando estava no NPOR.
PQP! O que é essa foto? Eu não tenho nenhuma daquela época ;((
Na nossa epoca as cameras eram com manivelas e demoravam usn três dias para serem reveladas!! Pena não termos tantas fotos daquela epoca…
Grande Abraço!
A propósito, onde anda o Ughi, Anderson Vieira, Miguel Tierno, Iver Giacomelli… Ahh, se tiver um foto minh daquel época agradeço muito! 😉
Oi Sandro.
Tive a grata surprese de encontrar o Dirney em Maringá/PR e ele me etualizou o seguinte: Ughi no Amazonas atuando como médico. Anderson creio que ainda esteja em Passo Fundo, Miguel em Santa Maria e Iver sem casa direto sem querer sair!! Se eu for este ano lá vou procurar todos os amigos, em especial o Iver!
E você por onde anda agora?? Outra coisa; creio que tenha alguma foto sua…vou procurar e te mando, ou melhor, coloco aqui!!
Grande Abraço Amigo!
Sperb,
Aguardo foto minha! Não tenho nenhuma daquela época! ;(( nem mesmo dos vencedores dos campeonatos gaúchos sub 18, 20 e 26 de 1995, vencidos por mim, Eduardo munoa e tu respectivamente! Lembro que fotos tiramos! Triste que não consta a lista de vencedores destes campeonatos nem no site da FGX! Até na Mate de Peão da época não tem menção àquele torneio, mas tem dos subs 10, 12 e 14!
Abs
Oi Sandro,
Algumas Mate de Peão eu tenho no CT aqui, mas na época era muito comum certo parcialismo nas matérias relativas a capital e interior, infelizmente.
Fotos? Tu lembra que tirou? Deste evento não tenho comigo.Lembro que ganhei uma peça do munoa, “meu cliente”, no lance 23 e depois perdi a partida e tive que vencer o Pratas na última rodada, quando entrei dando mate numa sequência maravilhosa com seta zerada para ambos, mas fotos, não lembro mesmo.
O que estou por postar é do torneio de novatos.
Ainda vou mexer em mais coisas, encontrando de aviso!
Abraço